Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Lisboa

terça-feira, 21 de julho de 2009

Vou a Fátima a Pé…

No final de Agosto, os últimos dias de férias são para ir a Fátima a pé…
Comecei a fazê-lo em 2000, como forma de viver melhor o Ano Santo, e daí para cá tenho ido quase todos os anos (só falhei 2001…).
Vou a Fátima a pé porque me faz bem!
Ajuda-me a lembrar que a minha vida é um caminho…
Ajuda-me a tomar consciência de que, como todo o caminho, tem uma meta, um fim a alcançar…
Ajuda-me a retomar a frescura do entusiasmo com que um dia me pus a caminho…
Ajuda-me a tomar consciência de onde estou…
Ajuda-me a perceber o muito que ainda me falta andar…
Ajuda-me a ver bem tudo o que me atrapalha no meu caminho, o torna mais difícil e pesado e de que tenho de me desfazer se quiser caminhar mais depressa para essa meta que Deus preparou para mim e está à minha espera…
Ajuda-me a saber agradecer o caminho feito e a perceber melhor os novos caminhos que Ele quer que eu percorra…
Ajuda-me a olhar a minha história, a perceber nela os sinais de Deus, e a crescer na certeza confiante de que Ele faz caminho comigo…
Ajuda-me a saber agradecer os que Ele me deu como companheiros de viagem e a perceber melhor os dons que, através deles, Ele me tem oferecido e eu não tenho aproveitado como devia…

Vou a pé a Fátima e não a outro lado qualquer porque Maria é modelo de fé e de caminho.
Porque Maria é mestra de oração.
Porque Maria é refúgio dos pecadores.
Porque Maria é auxílio dos cristãos
E porque é Mãe.
E Mãe é Mãe!

Padre Luís Alberto

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Carpe Diem

Chegou a altura deste Blog ganhar novo fôlego, ainda que provisório…
Em Abril, o sonho de uma página da paróquia na Internet fez com que o Blog passasse a ser percebido como uma realidade transitória…
O Projecto atrasou-se um pouco e lá apareceu mais uma publicação para o Blog que, entretanto, andou “avariado” com problemas (pré-anunciados) ao nível do servidor…
A preocupação não foi muita porque a página vinha já aí…
Conclusão: nem oito nem oitenta.
Nem deixar de viver o presente em nome de um futuro que está a chegar, fazendo do “hoje” uma realidade permanentemente adiada;
Nem hipotecar o futuro numa visão imediatista do presente que, embora possa parecer encantadora e seja tremendamente sedutora, ao jeito do “Carpe Diem” de “O Clube dos Poetas Mortos”, acaba por negar o futuro, deixando como meta apenas o vazio (e fazendo do professor, que o filme nos pretende vender como herói, o verdadeiro culpado da morte daquele jovem que protagoniza o falhanço de um projecto educativo que gera inadaptados, gente incapaz de lidar com o saudável conflito de gerações com que todos temos de aprender a viver e para que devemos ser preparados)…
Talvez, por isso mesmo, o Clube seja de facto de “Poetas Mortos”, na verdadeira acepção da palavra, embora não seja esse seguramente o sentido da mensagem que o autor do filme nos quis transmitir…
O verdadeiro desafio é, sem deixar de viver com os olhos postos no futuro, perceber esse mesmo futuro escondido ao jeito de semente, no presente que somos chamados a viver em toda a sua profundidade.
E é por isso que este Blog vai recomeçar.
Enquanto não passar definitivamente o seu testemunho à “página” que há-de vir…

Pe Luís Alberto

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Comunicar

Não tem sido fácil lidar com o som na Igreja de Fátima…Os problemas acústicos são mais que muitos…

Quando a reverberação é grande, o barulho é e tal ordem que não se percebe nada…E quando assim é, a comunicação deixa de ser possível.

A Palavra que ali nos congrega,que ilumina os gestos e dá sentido ao que realizamos, deixa de poder ser ouvida…A Palavra que nos revela Deus e o Seu amor por nós,a Palavra que nos mostra a vontade de Deus a nosso respeitoperde-se no meio de tanta mistura de sons…E, se não ouvimos a Palavra de Deus,como podemos sentir-nos interpelados por ela?

Se não ouvimos a Palavra de Deus,como podemos encontrar ali a Luz que só ela nos pode dar?Se não ouvimos a Palavra de Deus,como podemos alimentar as atitudes de coração que nos ensinam o caminho a percorrer? É assim na Igreja de Fátima.

Mas é assim, sobretudo na casa de Deus que é o coração de cada um de nós.Se não criarmos condições para ouvir verdadeiramenteAquele a quem chamamos Nosso Senhor,Se nos distraímos e perdemos no meio de tanto ruído,se deixamos que a correria da nossa vida abafe a nossa sede de sermos mais,se só vamos ter com Deus quando estamos aflitos(e, nessa altura, mais para desabafar e pedir do que para escutar,…)se não estruturamos a nossa vida em torno da vontade de Deus a nosso respeito,se não fazemos da busca do encontro com Deus a grande prioridade da nossa vida… como poderemos encontrá-l’O?

E vale a pena todo o esforço da nossa vida se falharmos esse encontro???