Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Lisboa

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Porquê adiar mais?

Morreu sem ser baptizada.
Mas queria muito sê-lo…
Já o tinha manifestado claramente e tudo estava a ser tratado nesse sentido.
A morte antecipou-se e não deixou que as coisas acontecessem ao ritmo que tínhamos programado…
Do ponto de vista que mais importa, o da sua salvação, o que conta é sem dúvida esse desejo que não foi seguramente ignorado pelo Deus que lê o coração do homem…

Não é isso que me faz pensar neste momento.
O que me interpela mais é pensar nos adiamentos que a privaram de uma vivência mais forte e mais ligada a Deus (esse Deus em quem já acreditava…), sobretudo na dor, com a graça própria de quem se sabe filho e é habitado pelo Seu Espírito…

Esta lógica do adiamento parece estar cada vez mais presente na maneira como vivemos e envenena e muito a nossa vida: faz-nos perder oportunidades únicas de crescermos mais, desvalorizando dimensões fundamentais da nossa vida, acomodando-nos a desperdiçar tempo e energias em realidades que não o merecem, trocando o que é mesmo importante por outras coisas que apenas têm como justificação o comodismo e a preguiça…

Um ano novo que começa é sempre um desafio a procurar algo mais para a nossa vida.
A cultura ambiente promove essa procura nos excessos da festa exterior (como se ela pudesse preencher e calar o vazio que reina dentro de nós…).
Neste novo ano vamos procurar a novidade onde ela se encontra!
Vamos desistir de procurar fora de nós o que só dentro de nós pode ser encontrado!
Vamos arranjar tempo e criar condições para o silêncio, para nos escutarmos a nós próprios escutando a Vida.
Sem adiarmos.
Para não perdermos nada do muito que Deus tem para nos dar.
Já hoje!!!

Pe Luís Alberto

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